Foto: Nuno Malcata | Correr na Cidade
Escrevo este post a propósito da
participação de alguns membros da crew Correr na Cidade no GTA – Gerês Trail
Adventure, que terminou há dois dias atrás, e da semi-desilusão sentida por
estes elementos, por não terem conseguido terminar a etapa rainha de 60 km, dentro
do tempo limite (por sinal, corrida em péssimas condições meteorológicas, para
não mencionar o grau de dificuldade das condições e desafios que o Gerês
oferece para a prática do trail). Recordo que este evento é constituído por
quatro etapas sequenciais de 17, 35, 60 e 15 km, num total de 130 km corridos
em dias seguidos. Está bom de ver que isto não é para qualquer um. (Se quiserem
conhecer um pouco mais sobre a prova, podem consultar aqui.)
Tenho pensado nesta vossa
aventura (que, acredito, um dia também será minha), e gostava de vos deixar aqui
a minha singela homenagem. Sei que gostariam de ter ido mais além e de fazer
melhor. Sei o quanto treinaram para o evento – estive lá, em muitos dos
treinos. Sei o que investiram, o que suaram e o esforço que investiram nesta
empresa.
A cada um de vós: ao Malcata, com
a sua eterna disponibilidade para partilhar o seu conhecimento e para ajudar os
outros e o seu enorme entusiasmo pela corrida; ao Tiago que tudo suporta com a
sua habitual boa disposição e energia positiva contagiante; à Bo, pelo seu
constante sorriso nos trilhos, palavras amigas de encorajamento e preocupação para
com os seus…
Amigos, não fiquem desiludidos,
pois só o facto de encararem esta aventura como o fizeram, deve constituir motivo
para grande orgulho. Afastem essa tristeza, ergam o queixo e sintam-se
orgulhosos pelo que fizeram no GTA. Mas, sobretudo, pelo que fizeram antes do
GTA, e por tudo o quanto ainda está para vir. Vocês os três são ultratraillers
por direito próprio! E isto é algo especial, que ninguém, alguma vez, vos
poderá tirar.
Por tudo isto, quero dizer que
vos respeito muito!
Muitos mais desafios ainda se
perfilam ainda no horizonte, meus amigos!
Mas o Correr na Cidade vai muito para
além destes três elementos. Há muito mais gente - boa gente! – que admiro e
respeito e que têm atingido feitos os quais, até há bem pouco tempo atrás,
consideraria como quase impossíveis ou apenas passíveis de figurarem num
qualquer livro autobiográfico do Karnases ou do Kilian.
Ao Filipe, que correu a quase
totalidade dos 53 km do Piódão com dores lancinantes num joelho, em Março, e
que luta, ainda hoje, para voltar aos trilhos com o pessoal. Eu sei o quanto
está a ser duro e por isso o considero um verdadeiro herói. (Segue em frente,
Filipe, resoluto!)
Ao Pedro Luís e ao Stefan que… Bem,
estes são de outro campeonato! Para rookies, como eu, eles são enormes, são uns
extra-terrestres, são super-homens do trail! E um exemplo a seguir.
Ao Espadinha, pela
disponibilidade, pela amizade e pela boa onda. Mas não se iludam com o aspecto
plácido e com as maneiras educadas e corteses, pois ele já foi apelidado de ‘força
da natureza’!
Ao João, ao Bruno, e a todos os
outros, pelo companheirismo e pelo Espírito de Corpo que formam nesta vossa
Unidade que é o Correr na Cidade, que alimentam com carinho e defendem com
unhas e dentes.
E as Meninas?... Bem, as Meninas
que correm que se fartam e a quem não poderia faltar uma palavra de
reconhecimento… À Natalia, à Ana, à Carmo, à Joana, à Liliana… Acreditem que vocês são,
também, um exemplo para muitas mulheres. Um exemplo de força, de vontade, de
resiliência. Cada uma à sua maneira, são umas lutadoras. Respect!
Mas claro que nenhum deles poderia
fazer nada disto, se não tivesse uma retaguarda de apoio que lhes permitisse
estas veleidades. À dita, também, o meu reconhecimento – às mulheres e a alguns
homens que seguram as pontas lá em casa, quando os seus companheiros saem para
correr. Eu sei o quão importante isto é, e se eu próprio e a Marta não nos
apoiássemos mutuamente nestas andanças, tudo seria muito mais difícil, senão
impossível.
Portanto e regressando ao início,
a todos vós, Correr na Cidade: Vocês são um exemplo, um modelo e um orgulho.
Orgulho-me de partilhar algumas aventuras convosco e quero deixar-vos um
sentido agradecimento por me terem acolhido e me permitirem fazer parte da
vossa família. É, deveras, um orgulho! Por tudo o muito que já passámos,
considero-vos mesmo como uma espécie de Companheiros de Armas!
Que giro, temos blogs com nomes semelhantes. Só por causa disso, e porque gostei do que li, vou continuar por aqui para ler mais. ;)
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